Na úmida, densa e fechada floresta tropical, em tempos antigos, uma família Te’ýi ergue uma casa grande e constitui ali a sua parentela com várias famílias nucleares.
A uma dessas famílias nucleares, os Járy, Donos ou deuses que habitam os diferentes patamares celestiais, enviaram três crianças: Avá Verá, hoje com treze anos, hábil e treinado no uso das diversas armas do clã, iniciado nos conhecimentos dos Járy e conhecedor de rezas para lidar com cada um deles; Kunhã Rendy, menina com doze anos, inteligente, sensível e com um intenso amor pela família e natureza; e Mitã Rory, de apenas três anos.
No mundo de Jegwaká, deuses, demônios, senhores das matas, das águas e de territórios terrestres e até do subsolo convivem e atuam no mundo humano. E ali disputam uma guerra de posse de almas, corpos e territórios.
Kunhã Rendy e Avá Verá acabaram de entrar na puberdade, período em que se tornam mais susceptíveis a ação desses seres. Assim, no momento em que a adolescente começa a ser assediada e talvez enfeitiçada por Adornado, ser misterioso que somente ela vê, e acontecimentos cataclísmicos, como ausência de caça e pesca e o incêndio da floresta, acontecem no território, a menina é acusada de atrair o mal e a família obrigada a fugir para se salvar.
Em meio a tudo isso, o desaparecimento do pai, aparentemente levado por seres não-humanos, vai desencadear uma jornada em busca de desvendar o mundo não visível que inunda a floresta, rios, subsolo e até os patamares celestiais.
Neste mundo antigo, Avá Verá, Kunhã Rendy e Mitã Rory, são crianças marcadas desde os tempos ancestrais. Eles foram enviados por um deus... mas despertaram o ciúme e a violência dos outros.
Aventura / Fantasia / Ficção / Infantojuvenil / Jovem adulto