Por que um leitor brasileiro se preocuparia com a expansão do islamismo militante na Ásia Central, um tema tão complexo e ao mesmo tempo tão intrigante? Porque ali se concentram as maiores reservas mundiais de petróleo, no subsolo de países predominantemente habitados por muçulmanos, entre os quais atuam grupos fundamentalistas com poderio crescente. Porque a região é corredor de passagem entre a Europa e os Estados da Rússia, Índia e China, uma nova 'Rota da Seda'. Porque a Ásia Central e o Oriente Médio são palco de conflitos étnicos, religiosos e políticos, bem como dos conflitos mundiais contemporâneos, determinados pelo jogo de interesses econômicos, políticos e militares de grandes potências.