No livro João Guimarães Rosa: metafísica do Grande sertão, Francis Utéza afirma que “o interesse que Guimarães Rosa dava à metafísica é comprovado, em primeiro lugar, pelo seu engajamento maçônico, que remontava provavelmente à sua estada em Barbacena, em 1934, como deixa entrever a alusão feita no discurso de posse na Academia Brasileira de Letras: Barbacena, o nosso lugar geométrico.”
Utéza aponta várias “evidências” da iniciação maçônica do escritor, como aquela parte na qual Riobaldo afirma que Deus é paciência: “Até as pedras do fundo, uma dá na outra, vão-se arredondinhando lisas, que o riachinho rola”. Esse trecho faz alusão à pedra bruta que deve ser trabalhada pelo aprendiz maçom. No entanto, uma recente consulta às lojas maçônicas de Barbacena não revelou evidência de que o autor tenha sido iniciado naquela cidade. Apesar disso, o escritor maçom Manoel Lobato lembra que, ao conhecer Guimarães Rosa, no início dos anos 60, trocou com ele palavras e sinais da ordem.