Jubiabá

Jubiabá Jorge Amado


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Jubiabá





Antônio Balduíno nasce órfão no morro do Capa-Negro, que tinha como grande referência espiritual o centenário feiticeiro e ex-escravo Jubiabá. Depois de uma infância de liberdade e pequenos delitos nas ruas de Salvador, num ambiente similar ao que seria desenvolvido em Capitães da Areia, vira malandro, sambista e desordeiro, até ser transformado em boxeador profissional por um empresário italiano. Encerra a carreira prematuramente ao tomar uma surra no ringue numa noite de bebedeira e acaba indo trabalhar nas plantações de fumo do Recôncavo Baiano. Explorado ao extremo, apunhala um homem, foge, se engaja num circo ambulante, volta a Salvador, vira estivador, faz greve. Ao longo dessas muitas vidas, choca-se contra o mundo das mais variadas formas, até atingir um vislumbre de compreensão da realidade que o cerca e de seu lugar nela. Publicado em 1935, quando o autor tinha apenas 23 anos, Jubiabá constitui um verdadeiro romance de formação e trata de um dos temas mais caros ao escritor - a força da cultura afro-baiana contra a opressão política e as injustiças sociais -, atestando o vigor narrativo de Jorge Amado e seu talento para a criação de personagens vívidos e inesquecíveis. Além de Balduíno e de Jubiabá, merece destaque a branquíssima Lindinalva, por quem o protagonista nutre um amor platônico na pré-adolescência e que reaparece anos depois doente e prostituída. Surgem ainda, de passagem, personagens que retornarão no livro seguinte do autor, Mar morto: o marinheiro Guma, o mestre de saveiro Manuel e sua esposa Maria Clara. A edição francesa de Jubiabá acabou motivando a vinda ao Brasil de franceses ilustres como o fotógrafo e etnólogo Pierre Verger, o escritor Albert Camus e o fotógrafo Marcel Gautherot. Qualificado de "magnífico" por Camus, o romance foi adaptado para o cinema (por Nelson Pereira dos Santos), o teatro, o rádio, a televisão e os quadrinhos.

Ficção / Literatura Brasileira / Romance

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on 5/6/20


Esse livro é impressionante por muitos motivos. Publicado em 1935, foi o quarto romance de Jorge Amado, quando o autor contava apenas 23 anos. Trata-se de um dos primeiros romances brasileiros que tem um negro como protagonista – e não se enganem, não é o Pai-de-Santo Jubiabá, mas Antônio Balduíno, aventureiro, imperador mendigo, sambista, boxer, lavrador e, finalmente, ativista político. E por falar em Jubiabá, esse também é um dos primeiros livros a descrever de forma consistente alg... leia mais

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Têco
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aline203
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10/08/2022 14:56:50

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