“JÚNIOR, O PATO” construído como um romance gótico, retoma o interesse por tradições mais antigas e orais, pelas sagas e baladas européias dos séculos XII e pela literatura da Idade Média, apresentando temas comuns ao período, amenizados pela sensibilidade do patinho Júnior, protagonista da história, e por sua amizade com o vagalume Pum.
Este último, já bastante idoso - único sobrevivente de uma era onde os animais e insetos falavam – é o narrador da saga. O seu encontro com a ingênua e doce menininha Silvia dá o tom ao romance. Ela, que na fazenda da avó procura por sua galinha de estimação – Rão – que desaparecera misteriosamente, torna-se a única humana a conhecer o segredo terrível de Pum.
Abordando a menina na véspera de seu retorno à cidade, o vaga-lume revela os mistérios de uma antiga era e adverte que o retorno de Rão produzirá efeitos terríveis sobre a humanidade.
Com preocupação didática, Pum retrata a crueldade e a perversidade de Rão enquanto glorifica a virtude de Júnior.
Essencialmente, “JÚNIOR, O PATO” é um romance sentimental onde intervém o sobrenatural. Atenuado por muitos momentos de humor, seu esquema fundamental está alicerçado na saga de um herói apaixonado pelo bem-estar de todos e no horror de uma vilã que não olha os meios para obter os seus fins. Loucura esta que só Silvia, legítima substituta de Júnior, será capaz de evitar...