Este livro não se propõe a ser a história ou uma teoria sobre o Fascismo, mas uma tentativa em trazer os aspectos do fascismo que tem sido amplamente ou inteiramente negligenciados do que se costumou escrever sobre o tema, seja por autores liberais, conservadores ou marxistas.
Bernardo apresenta quatro grandes polos no qual cada fascismo, em seu contexto national específico, oscila: o exército, conservadorismo, a igreja e o “fascismo radical”, que na Alemanha é geralmente chamado de “linke Leute von rechts” (“esquerdistas da direita”), os irmãos Strassers, os elementos “vermelhos-castanhos” que se vêem como (e são) mais genuinamente anticapitalistas que os movimentos de Hitler e Mussolini, dentro de um quadro nacionalista. Bernardo critica a maioria das principais interpretações Marxistas (como as de Guerin ou Trotsky) que tendem a minimizar o impact deste quarto elemento. O fascismo para João Bernardo é “um problema ainda não resolvido atualmente”, “o ponto nevrálgico das contradições do movimento dos trabalhadores”. Os labirintos são lugares onde “aqueles que iniciam como inimigos se perdem entre si mesmos".
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