Um singelo lapso de memória. Na maioria das vezes, é assim que pode começar.
Os sintomas passam despercebidos por um tempo, confundidos com sinais comuns do envelhecimento, até que os esquecimentos tornam-se maiores. Mais graves. É essa a realidade vivida por quem tem doença de Alzheimer, um mal que atinge cerca de 30% dos brasileiros acima de 80 anos e constitui a forma mais comum de demência.
Por questões financeiras ou motivos pessoais, os familiares desses idosos costumam preferir que eles sejam cuidados em casa, mas precisam lidar com a sobrecarga física diária e a dura realidade de ver, pouco a pouco, um ente querido perdendo as lembranças, a independência e a própria identidade. Um impacto emocional que, aliás, também é sentido por cuidadores profissionais que se apegam aos pacientes nas casas de repouso.
Representando um imenso grupo de pessoas invisibilizado no Brasil, as vivências de Gisa Neves, Nani Ferreira, Simone Vivarelli, Sócrates Benedito e Soraya Peres são contadas neste livro-reportagem. Apesar dos tristes relatos descritos na obra, cada um levou um aprendizado de sua batalha e deixa uma lição sobre cuidado, respeito e amor.
Não-ficção