Glauber Rocha preconizava em seu filme A Idade da Terra (1980)que..."estava certo que haveria um síntese histórica entre capitalismo e o socialismo...". Na virada da década de 90, o mundo assistiu, nos países de leste europeu, não a um conflito entre o capitalismo e o socialismo mas sim a uma luta entre totalitarismo e democracia; dragões do estado contra o povo guerreiro.
Os regimes derrotados do leste eram dos mais duros do mundo, irmãos em convicção dos chineses que promoveram o massacre na Praça da Paz Celestial. Não foi só a revanche do húngaros, massacrados em 56 nem apenas o momento inevitável do Solidariedade cumprir sua luta histórica. Foram meninos e meninas, sem armas, que perderam sua vidas nas ruas de Bucareste e Timissoara, que demoliram, pela base regimes monolíticos como o tcheco e o alemão oriental.
O que Pedro Bial e Renée contam é o que não envelhece nem morre jamais: o momento em que os homens, unidos, se fazem maiores do que qualquer estado. A força incontível do povo e da verdade.