"Neste livro é contada a história de Lilith, a primeira companheira bíblica de Adão, cujos traços a consciência coletiva apagou, distradiamente, no tempo incomensurável em que se representa a história do homem.
É a história de um íncubo, de um sonho, ou então é a história da mais inquietante personagem derivada do arquétipo da Grande Mãe. Em todas as épocas o homem interroga a Lua: chegou mesmo a tocá-la com as mãos. Não obstante, não desvendou, para si mesmo, o mistério inconsciente, incluindo em figurações e mitos que em certas épocas fezem-lhe apelo - do interior - com seu fascínio e com uma mensagem obscura que, seguramente, fala da alma e da carne, do amor e da morte. Isto porque fala da mulher.
Lilith, a Lua Negra, é o céu vazio e tenebroso no qual se projetam indagaç~eos e possíveis respostas de um diálogo que não tem nada a ver com o racional e, muito menos, com o sistemático-clínico: é o diálogo que o homem entretem com a própria alma, vivida em sua totalidade, ou numa cisão dolorosa."