Em sua empreitada, vasculha o que têm a dizer ou já disseram sobre o assunto não só pensadores, artistas e filósofos, mas, sobretudo, as grandes obras de arte. Por isso, O livro da metaficção usa como linhas mestras a literatura de Julio Cortázar, as ilustrações do holandês M. C. Escher, os quadros do surrealista belga René Magritte, o intricado e encantador jogo de Dom Quixote de la Mancha, a obra de Machado de Assis, os filmes de Eduardo Coutinho e de Alfred Hitchcock, a escrita da canadense Margaret Atwood. E, ao ligar esses pontos dispersos no tempo e no espaço,une também num mesmo diálogo artistas como o cartunista Quino, a fotógrafa Cindy Sherman, o escritor irlandês C. S. Lewis ou o poeta brasileiro Antonio Cícero —só para citar alguns exemplos, entre as centenas de outros destrinchados no livro.
Numa prosa provocadora, Gustavo Bernardo passeia por obras e artistas de diferentes épocas, para abordar acapacidade que tem a ficção de se duplicar.
“A metaficção é uma ficção que não esconde que o é.”É com proposições como esta —mais um convite à reflexão do que o apontar de teorias definitivas —que o escritor, ensaísta e professor universitário Gustavo Bernardo sugere passar em revista as possibilidades e os enigmas a respeito do termo “metaficção”.
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