Diferente das fadas e magos, o livro A Magia da Poesia do poeta Fabio Rocha, utiliza-se somente da palavra, para encantar. "Eternizar um mínimo instante", assim o poeta define essa magia e a eterniza nas páginas de seu livro, fazendo surgir poemas breves, em sua maioria, utilizando-se de fragmentos de vida, transformando-os em magnetos para o deleite e atenção do leitor. O poeta segue manipulando a palavra, descrevendo em linguagem contemporânea, suas observações do mundo. Em seu poema "Quem sou" por exemplo, Fabio define-se de forma mística, e, tal como um mago, não retira sua máscara, envolvendo assim seus leitores com um manto poético de mistério. Surpresas do desconhecido revelam-se em sua poesia causando a sensação requerida quando o poeta apresenta LoBoS, com seu final inesperado, fazendo deste, o ponto alto de sua composição. Sua poesia é cartola branca de magia e carrega a sensibilidade do poeta, define sua voz em cenas do dia a dia, em experiências retiradas de sentimentos de amor, melancolia e força. Assim é, que, na arte simples de amar o poeta distribui versos entre doces e amargos para seus amores. Virando-se as páginas do livro, encontra-se em "Divagar" a beleza de sentir que é possível retirar o lado positivo de um momento difícil. Nesta linha segue "Ah, os relógios...", quando o poeta refere-se ao presente que ganhou, que, mesmo não sendo o seu preferido, serviu-lhe para retirar versos. Sente-se o bom humor do poeta espelhado nos trocadilhos de palavras, ou seu descontentamento, fixado em sua exposição do mundo social: o turista e o pivete mostrando-nos suas diferentes direções, interrogando-nos sobre soluções e frente à cena de verdade expressa: "Árvores descem, prédios sobem". Assim é Magia da Poesia, livro dividido em três partes simples e práticas que o jovem poeta Fabio Rocha, com sua sensibilidade e arte, apresenta ao leitor, confirmando que poesia também é pura magia.
Rosa Clement, poeta
Manaus, AM
Poemas, poesias