A senhora Beate de A senhora Beate e seu filho (1913) é mulher madura e viúva ardente. A alma de Beate é investigada a fundo – o precipício da alma de uma mulher e mãe é explorado até o fim – e o monólogo interior é usado como estratégia para desnudar a interioridade humana, essa "terra vasta e distante". O provincianismo austríaco é desmascarado na vida insossa e desanimada de um lugarejo. Beate, que de primeiro aceitara recolher-se socialmente e resignar-se sexualmente depois da morte do marido, é confrontada aos poucos com o mundo da libertinagem, representado por uma mulher de mais idade – assim como ela – que seduz o seu filho Hugo, aquele a quem ela – a título de compensação – dedica o amor que dedicava ao esposo. (Trecho da introdução de Marcelo Backes a A senhora Beate e seu filho)