Quando este livro foi lançado, vivíamos a maior quarentena da história da humanidade. O que importa, no entanto, é que ela não era a primeira nem seria a última, e ela também passou.
Há uma quarentena, no entanto, bem mais duradoura: aquela que isola nós mesmos de nossa essência, daquilo em nós que realmente sonha e deseja. Tal essência não é virulenta, mas pode ser mortal, mortal para o ego. Pode também nos revelar sombras que não acreditávamos habitar em nós, ou toda aquela poeira espiritual que varremos para debaixo do tapete da consciência.
Seja como for, mais dia menos dia, esta outra quarentena também será rompida, e então finalmente poderemos voltar ao convívio de todos os nossos sonhos e medos, de todos os nossos monstros e heróis, de toda a nossa luz e toda a nossa escuridão. Para tal, basta estar vivo – e a vida é tão inevitável quanto a morte.
Este livro nasceu da necessidade de quatro amigos de falarem sobre tais questões.
Ensaios / Filosofia