Passando o verão na Suíça, quatro amigos, sem poder sair de casa por causa da chuva, resolvem passar o tempo com uma competição: quem contaria a mais arrepiante história de horror? Os concorrentes eram literatos de renome: lorde Byron, Percy Bysse Shelley e John Polidori - aos quais se juntou a esposa de Shelley. O vencedor, contudo, foi a caçula - a única mulher do grupo. A inglesa Mary Shelley (1797-1851), mulher de Percy e filha do anarquista William Godwin e da feminista Mary Woollstonecraft, tinha apenas 18 anos quando escreveu Frankenstein, ou O Prometeu Moderno, publicado pela primeira vez em Londres, sob anonimato, em 1818 (o nome da autora só apareceria na segunda edição, publicada na França, em 1823).Nascido, como a autora conta, de um pesadelo, Frankenstein aterrorizaria as gerações seguintes com sua história da criatura que se rebela contra o criador - uma metáfora popularizada por inúmeras adaptações teatrais e cinematográficas e ameaçadoramente atual em suas diversas implicações científicas, religiosas e políticas.
Irineu Franco Perpetuo - Jornalista e tradutor
Horror / Ficção científica / Ficção / Literatura Estrangeira / Terror