Podemos viver sem amar? Há, de fato, interações de natureza psicológica entre o feto e a mãe? Violência, racismo, delinquência, agressão sexual: quais são as raízes desses e de outros desvios do comportamento? Por que fizemos que os velhos voltam a ser crianças?
Eis algumas das questões abordadas por Boris Cyrulnik neste 'Os alimentos do afeto', livro que recentemente provocou grandes debates na França, onde ocupou, durante meses, as listas dos best-sellers.
Trabalhando as fronteiras de disciplinas aparentemente tão distintas quanto a psicologia e a biologia, a psicanálise e a genética, a neurologia e a etologia animal, o Autor procura desvendar os múltiplos componentes que compreendem a afetividade e as patologias afetivas.
Nenhum aspecto é desprezado. Ao estudar, por exemplo, o encontro amoroso, Cyrulnik considera que tanto determinantes psíquicos e sociais quanto biológicos, entre outros, concorrem decisivamente na rede complexa da afetividade instaurada. Nesse sentido, é particularmente reveladora a análise comparativa que realiza entre os comportamentos humano e animal,.destacando analogias e, a partir daí, as diferenças.
Um livro escrito com humor e sagacidade, desenvolvendo ideias arrojadas sobre esta que é a "vitamina da vida", a afetividade.
Biologia / Psicologia