O silêncio das filhas

O silêncio das filhas Jennie Melamed


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O silêncio das filhas





Não deverás esquecer teu ancestral.
Não permitirás mulheres, que não sejam irmã, filha ou mãe, se reunirem sem um homem para orientá-las.
Não deverás desobedecer a teu pai.
Não furtarás.


Fanatismo e intolerância se perpetuam há várias gerações e regem a vida das mulheres dessa ilha, que são controladas pelos patriarcas. O destino não lhes pertence. Até que um dia a pequena Caitlin testemunha uma cena chocante e não consegue mais ficar em silêncio em relação aos seus sentimentos.

Em uma pequena ilha isolada e segura, descendentes de dez famílias vivem numa comunidade fechada regida por suas próprias regras. Sem tecnologia, sem moeda e com práticas sexuais perturbadoras, a ilha é governada pelos Viajantes, um grupo de homens privilegiados que faz incursões às Terras Devastadas para buscar os restos e detritos de um mundo arrasado que possam ajudar na subsistência dos ilhéus. Semelhante a uma aldeia medieval de rígida estrutura patriarcal e religiosa, os habitantes cultuam os Ancestrais, os primeiros a chegar à ilha. As mulheres são subservientes aos homens, que reinam fortes e absolutos, e criadas para ficar em casa, costurar, cozinhar, limpar, casar e engravidar. A procriação é controlada, o saber e a história, racionados.

O silêncio das filhas é narrado a partir de perspectivas múltiplas, todas femininas. Amanda, casada e grávida, que começa a questionar os mandamentos dos Ancestrais. Vanessa, que tem mais conhecimento do que a maioria das meninas por ter acesso à biblioteca do pai, um Viajante. Caitlin, uma garota tímida e insegura que testemunha algo que vai contra tudo o que os Ancestrais ensinaram. E Janey, uma líder emergente que não aceita os papéis de gênero que a comunidade lhe impõe.

A tensão narrativa se constrói a partir da caracterização habilidosa e lírica das vozes centrais, do ambiente inóspito em um futuro distópico de uma ilha congelante nos invernos e infestada de mosquito nos verões, da desconfortável normalidade social dos abusos dos homens com suas filhas. Através das vozes das meninas, amadurecendo física e emocionalmente ao longo das estações, acompanhamos tudo o que acontece de dramático e surpreendente numa sociedade aterrorizadora, misógina e sombria que caberá a elas enfrentar e mudar.

Distopia / Ficção / Literatura Estrangeira

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O mundo que conhecemos não existe mais. A maldade humana e o pecado fizeram com que o mundo fosse amaldiçoado, mas alguns escolhidos conseguiram chegar até uma ilha isolada, onde reconstruíram a civilização em um novo molde. Nesse lugar, as meninas e mulheres têm funções bem definidas: procriar, obedecer e nunca questionar. Quando um menino nasce, as pessoas comemoram. Quando uma menina nascem, todos choram. As filhas pertencem aos pais até a chegada da primeira menstruação, quando pas... leia mais

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