Três Palmos

Maria Eugênia Moreira nos apresenta o desamor em um pulo. Não à toa, a voz que guia a história em Três palmos não é de autoridade alguma: neste romance, o narrador é desimportante, desimportante que dói, e dele só sabemos o nome por acaso. [...] Mesmo que traga à superfície o que se guarda a três palmos abaixo da pele, Maria Eugênia faz da ferocidade uma alegria, num universo onde vestidos rebolam e gritam tristeza com exclamação três vezes e o charme do homem esquisitinho entra em derrocada, finalmente. Aqui, Mareu, que é minha companheira de escrita e de juventude, escancara a fraqueza das coisas que só existem quando são inventadas, dizendo adeus a uma predileção típica dos costumes infantis. [Júlia Grilo, autora de "Cães"]

Romance