Nos últimos meses, alguém vem percorrendo as ruas de Paris e traçando círculos de giz azul em volta de sucatas encontradas na calçada: um brinco, um novelo de lã, uma vela, uma touca de natação, uma bolsa... A imprensa acha graça, os psiquiatras tecem análises e os parisienses estão intrigados.
Mas logo a polícia encontra uma mulher degolada, dentro dos mesmos círculos, agora com a inscrição: "Ô Bento, seu azarento, na rua com esse vento?".
Entra então em cena o mais conhecido personagem de Fred Vargas, o delegado Jean-Baptiste Adamsberg, que passa o tempo todo mexendo vagarosamente o café e rabiscando em papéis de rascunho. Ao lado dele, gravitam outros personagens também interessantes e engraçados: um cego que faz tiradas impagáveis, uma mulher que estuda peixes de águas profundas, uma solteirona que procura marido nos classificados.
Durante várias semanas, Adamsberg continua a mexer vagarosamente o café enquanto o assassino atua sem deixar pistas. Até que um círculo oval surge na rue Bertholet com a mesma pergunta - mas ele agora tem um resposta.