A suspensão de Tomie Ohtake

A suspensão de Tomie Ohtake Letícia Miranda


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A suspensão de Tomie Ohtake





Cada poema deste livro poderia ser uma legenda para as obras da consagrada artista Tomie Ohtake, não como um texto explicativo, mas como uma transcriação: cada poema é uma reinvenção de Tomie Ohtake, cada poema possibilita ler o traço não escrito de Tomie Ohtake. A suspensão de Tomie Ohtake traz, desde o título, o sentido ambíguo que tanto permite ler a suspensão como objeto da artista e, portanto, deste livro, como também, por outro lado, a artista enquanto suspensa, flutuante, espectral, assim como sua obra. Nesse duplo sentido, a suspensão, matéria-prima de Ohtake, é também a matéria-prima da invenção de Letícia Miranda, que não só escreve sobre Ohtake e para Ohtake, mas escreve, inventa, ficcionaliza uma nova Ohtake. Nesse gesto de fazer uma artista renascer, nasce uma poeta. E nesse encontro das formas, renasce também Letícia como artista, agora leitora de Ohtake e, ao mesmo tempo, lida por Ohtake. Uma colagem, uma conversa inventada, uma travessia, uma fronteira tênue, tensa e intensa, um encontro entre duas mulheres, entre arte e poesia, entre imagem e letra, entre uma artista e uma poeta também artista. Em um traço que perpetua, de outra maneira, “o gesto/ de uma mulher/centenária”, uma outra assinatura se imprime, apresentando-nos um modo de ler o que Ohtake nunca escreveu, porque, no contorno da cena da suspensão de Tomie Ohtake, inscreve-se o movimento inaugural de Letícia Miranda. [Danielle Magalhães]

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