Este livro discute criticamente o fenômeno turístico no capitalismo contemporâneo, além de analisar as concepções teóricas dos pesquisadores brasileiros que têm estudado o tema nos últimos anos. A obra tenta mostrar que o desenvolvimento dessa atividade sob a égide do capitalismo acaba produzindo relações de dependência. Isso é evidenciado na prática dos diferentes modos de turismo, em especial, no turismo sexual, nas relações quase servis que caracterizam o trabalho no setor turístico e na transformação das culturas e paisagens em mercadorias, apropriadas e vendidas pelo turismo. Especificamente em relação ao Brasil, verificamos que a ideologia do turismo, ao tentar vender a imagem do país fundamentada nas ideias de um “paraíso natural”, leva ao determinismo geográfico. O livro destaca, ainda, que a expansão dessa atividade, em nosso país, dá-se no desrespeito dos modos de vida anteriores, na exploração da força de trabalho e no uso e apropriação da natureza por parte do capital. Em poucas palavras, argumentamos que a produção do turismo pauta-se pelo fetichismo e pela dependência.
Geografia