Em “A vida não é uma colônia de férias” desenha a continuidade da estafa em meio de nosso caminho terreno. Fecha o poema como projeta a vida, afirmando a esperança em meio a tragédia. Qualidades de um bom poeta, militante. Fazer a persistência da descrença ruir em confronto com a teimosia do esperançar. “Quando damos aquele algo a mais/ que nem sabíamos ter, / é que seremos aquilo que nunca poderão tirar de nós”. E o que os poderosos, o tempo e o coração partido não podem nos roubar? O que fica? Aquilo que é tão único e tão coletivo quanto nossa existência, nosso nome em meio a classe, esculpido na pedra e na história, a arte. Aquilo que nos impregna os ossos. [Nathália Ferreira Guimarães]
Poemas, poesias