Uma dificuldade para os que se iniciam em Biologia é a memorização de um grande número de termos técnicos. Para muitos estudantes esses termos não passam de palavras “vazias”, sem nenhum significado lógico que os tornem compreensivos e, portanto, assimiláveis. Os professores de Biologia, sem dúvida, percebem a grande preocupação dos alunos ao se defrontarem com muitos nomes aparentemente absurdos como macracantorrinco, escleromorfismo oligotrófico, dibotriocéfalo, megacariócito etc., e que certamente são um desestímulo para o estudo. A linguagem técnica, seja em Química, Física ou Biologia, deve então ser entendida nas suas origens, de modo a não causar dúvidas quanto ao seu exato significado. Ao elaborar este modesto Vocabulário Etimológico de Biologia não tive a menor pretensão lingüística, mas tão somente o objetivo de justificar os termos mais usuais em Biologia, com uma breve e simples citação etimológica.
A consulta a esta obra poderá esclarecer o significado de inúmeros prefixos e sufixos de origem grega e latina, os quais, ainda que fazendo parte da linguagem do dia-a-dia, não são suficientemente conhecidos pelos alunos. Assim, o termo “dromo” (G. dromos) quer dizer correr, corrida, e certamente eles sabem o que é um autódromo, um velódromo, um hipódromo etc. Ao se falar em peixes catádromos, por exemplo, os alunos saberão que se trata de uma corrida, uma migração de peixes.
A nossa intenção é portanto facilitar o trabalho do aluno, que terá à mão uma fonte de consulta simples e direta. Ele perceberá ainda que mesmo os termos mais complicados têm a sua razão de ser, estando relacionados a uma forma ou estrutura típica, a uma função, a uma cor, a um fenômeno físico ou químico, à semelhança com objetos, a um local de ocorrência, ao nome de um descobridor etc.