O "Didascalicon" de Hugo de São Vítor compreende a maior síntese feita sobre as doutrinas filosóficas até o momento de sua concepção e marca, na Idade Média, a emergência da visão escolástica acerca das chamadas "ciências mecânicas" e das "artes" (entendidas como operações capazes de criar artifícios, em oposição à natureza, diferindo da ideia de arte plástica e estética que temos hoje). Para os escolásticos, esses conhecimentos não eram dignos das cátedras universitárias. No "Didascalicon", Hugo de São Vítor elucida as diversas razões para esta opinião. O "Didascalicon" foi uma das principais referências, a partir do século XII, para os intelectuais medievais que buscavam uma síntese sobre as questões da filosofia, sobre as diversas artes e sobre como estudar para melhor desvendar o mundo.
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