Killoffer começa seu livro 676 aparições de Killoffer com autocomiseração, inquieto com a louça suja esquecida em casa, em Paris, antes de cruzar o Atlântico até o Quebec.
Esse “junkie”, como gosta de se chamar, sabe muito bem valorizar a própria sujeira e a si mesmo. Ao longo do livro ele se reproduz 675 vezes, e o leitor é desafiado a contar. Ele traça com maestria esta história noir em preto e branco, nesta publicação monstro, 25x36,5cm, e monstruosa.
O livro surgiu de um intercâmbio entre a França e o Canadá. Killoffer ganhou uma bolsa de estudos e hospedagem para viver em Quebec tendo, como contrapartida, escrever um livro sobre a província. Nem é preciso dizer que o livro foi vetado pela instituição que ofereceu a viagem porque, entre outras descomposturas, o autor declara em seu texto que ele era ali apenas um filtro de digestão: digeria Paris e a transformava em merda francesa na América.
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