"Então tá, Jeeves", escrito originalmente em 1934, tem como protagonista Jeeves, uma espécie de mordomo, acompanhante e assessor para todos os assuntos de Bertie Wooster, um simpático, rico e mimado inglês, para quem Jeeves resolve desde problemas cotidianos até as mais complicadas situações. Em seus diálogos com o chefe, Jeeves inclui em todas as frases a palavra "patrão", porque embora seja mais sagaz, prefere manter a distância que permite a ele aconselhar, mas não ordenar. A dupla aparece em 11 romances e 33 coleções de contos, que formam a parte mais conhecida da obra de P.G. Wodehouse. A série com as aventuras de Jeeves e Wooster, que se iniciou com o livro The Man With Two Left Feet (1917), ganhou duas adaptações televisivas, uma pela BBC nos anos 60 e, mais tarde, Jeeves and Wooster, com Hugh Laurie e Stephen Fry, nos anos 90. Neste volume - o primeiro de uma série de três -, o mordomo acaba ampliando seu raio de ação, pois se espalha a fama sobre sua enorme capacidade em deslindar intrincadas situações. Consultado com status de especialista, Jeeves tem curiosas idéias de como o tímido Gussie Fink-Nottle, amigo de seu patrão, pode atingir seu objetivo de conquistar uma moça por quem está apaixonado. Entre outras coisas, ele sugere que o rapaz use calças justas de malha escarlate e uma barba postiça. As confusões envolvendo peças do vestiário, aliás, perpassam toda a história. "Em matéria de trajes para a noite, além de reacionário, Jeeves chega a ser tacanho", desabafa em certo momento seu chefe, que também é o narrador.