A Dama e o Unicornio.

Por que terão sido necessários tantos anos, tantos desatinos, tantos labirintos e blasfêmias, tantas mágoas e abismos, misturados às alegrias e aos horizontes incendiados, antes de descobrir que basta estar viva, com o gosto das madrugadas em arco-íris, sobretudo essas do último verão. Essas que se impõem como a hora da verdade ou, pior, como a hora do lobo, aquela em que nascem as crianças e os velhos agonizam, hora em que o tempo se senta na sala conosco, toma a palavra e conta histórias de espantar.A Dama e o Unicórnio é o registro dos itinerários de uma mulher do século XX consciente do lado tenebroso do ser humano, mas ainda assim atenta a sua versatilidade e grandeza, que propõe, ousadamente, para além da mediocridade histórica, que cada um se disponha a ir buscar o que melhor é capaz de sonhar.