Poeresia é a genuína experiência da subversão do comum, de forma que seus insólitos versos colocam o leitor diante da recôndita heresia da realidade e, através da da subjetiva ferramenta da linguagem, esse se vê despido das forças que reagem nosso mecânico cotidiano. Na obra o autor nos convida a encarar de frente uma escultura monólito, talhado com a fluidez das palavras. Assim, Poeresia se presta a despejar um turbilhão de sintomas em versos, contrabalanceando a frieza inglória da "sociedade métrica". Dessa forma possuímos enfim uma possível alternativa para fugirmos de passos calculados: abusarmos da heresia, sorvendo da fonte a autêntica e refinada poesia.
(Thomas A. F. Bahia, estudante de Jornalismo da PUC-MG)