Canções seguido de Sapato florido e A rua dos cataventos

Canções seguido de Sapato florido e A rua dos cataventos Mario Quintana


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Canções seguido de Sapato florido e A rua dos cataventos





Este volume reúne numa mesma edição os três primeiros livros do poeta Mario Quintana.

Com a publicação de Canções, em 1946, seu nome emergiu em escala nacional, junto aos colegas da geração modernista, como representante de um lirismo singelo, intuitivo, tingido de suave tom elegíaco e banhado de sabor local - a rua, o arrabalde, a cidade de Porto Alegre. Dois anos depois, em 1948, Quintana lançou Sapato florido, sua primeira compilação de aforismos, pequenas prosas, crônicas e minicontos. Com ela, afirmava no cenário editorial sua peculiar mistura de prosa e poesia, que se tornaria outra de suas marcas registradas como autor. No mesmo volume, foi ainda compilada a série completa dos sonetos modernistas que constituem seu livro de estreia, A rua dos cataventos, de 1940.

Entre a canção e o soneto, assim começa a profícua e produtiva carreira poética de Mario Quintana. Da canção singela, rimas simples, métricas consagradas, pode-se dizer que encerra a essência, o ponto de partida do lirismo moderno (leia-se: romântico e pós-romântico). Encarnação chaplininana de algum jovem Goethe à beira do Guaíba esquecido, o poeta já de saída invoca a poesia como dança primaveril, no poema que abre o volume. Ao percorrer os versos de Canções, porém, o leitor descobre estar diante de intimidade mais complexa: o espírito dançante do lírico se deixa marcar por delicada melancolia, diante da morte como fato da vida.

É um olhar de menino que o poeta lança ao redor. E, como tal, poroso. Aberto para os detalhes do mundo, micro/macrocosmo. Nos sonetos de A rua dos cataventos, o poeta estreante se faz catavento, se faz rua, funde-se à paisagem do bairro, é um poeta de luz e encantamentos. O dia feérico compensa os abismos da lua. Já nas agudas prosas e aforismos de Sapato florido, Quintana revela-se pensador veloz e surpreendente do real e do surreal.

Literatura Brasileira / Poemas, poesias

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Eu gosto de pensar que a alegria de um poeta como Mario Quintana acontecia quando ele imaginava o exato momento em que os olhos - e não a boca - de seus leitores davam um sorriso. Porque deve ser nesse ínfimo instante de tempo que a poesia faz duas almas tão distantes se conectarem. Afinal, diz a sabedoria popular que os olhos não mentem. Este livro é uma reunião dos primeiros trabalhos de Mario Quintana. Na primeira parte, “Canções”, segundo livro de poemas do autor escrito em 1... leia mais

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LAURA INGLORION
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12/09/2012 20:45:35
Alê | @alexandrejjr
editou em:
16/10/2021 19:14:00

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