No romance de vampirismo científico Fome de Viver (1981), Whitley Strieber propõe a existência de uma espécie de primatas imortais que, de forma análoga aos vampiros do horror, nutrem-se do sangue e da força vital dos humanos, mimetizando-se à semelhança de suas vítimas para melhor usufruí-las. A trama gira em torno de Miriam Blaylock, uma das últimas sobreviventes dessa espécie e de suas relações predatórias e amorosas com humanos de ambos os sexos, pelos milênios afora, desde o Egito Faraônico até os dias atuais. Através da transfusão de algumas gotas de seu sangue, essa “vampira darwiniana” logra infectar os humanos que seleciona criteriosamente para amantes, conferindo-lhes uma longevidade de vários séculos, em troca da adoção de seus hábitos alimentares. A narrativa vai se impregnando com um clima de erotismo crescente, intensificado à medida que a predadora vai exercendo seu magnetismo sexual semi-hipnótico sobre a futura parceira humana. Strieber publicou posteriormente outro romance nesse mesmo universo ficcional, em que explicita a natureza de seus predadores imortais: A Última Vampira (2001).
Drama / Erótico / Terror