"Em "A crise da consciência europeia" Paul Hazard explica a mudança psicológica ocorrida em uma França marcada pelo senso de autoridade, a crença nos dogmas, a fidelidade à Igreja e ao rei, para uma França marcada pelo reino da Razão, a dúvida, a liberdade individual, a rejeição às instituições, à Igreja e às verdades tradicionais. Nos bastidores de todas essas mudanças, as grandes batalhas intelectuais ocorridas antes de 1715: Spinoza, Bayle, Locke, Newton, Bossuet, Fénelon e outros estavam no centro desse furacão que produziu um poderoso conjunto de ideias como o racionalismo, o pensamento anticlerical, o sentimento antirreligioso, a igualdade, a liberdade individual, os direitos humanos e a cidadania. Enfim, uma nova ordem de ideias que fez do século XVIII um século de rupturas por excelência." (Trecho de resenha publicada por Dirceu Magri, na revista Non Plus, nº 3, 2013)
História / Não-ficção