"O romance Clô dias & noites, de Sérgio Jockymann, publicado em 1982 pela L&PM Editores, [...] conta a história real de Clotilde, uma mulher que após ser humilhada pelo marido e perder a guarda dos filhos inicia uma árdua luta pelos direitos femininos [...] A história de Clô se passa durante os anos 1960, em plena ditadura militar brasileira. A repressão política estendia suas conseqüências para os diversos planos da vida social – mesmo as relações familiares eram influenciadas pelo autoritarismo. Embora dialogue com o período em que se passa, a história de Clô poderia ser perfeitamente ambientada nos anos 2000 – a violência contra a mulher, ao contrário da ditadura militar, não se localiza historicamente em décadas passadas, mas perpassa regimes políticos e modismos ideológicos para consolidar-se como um problema crônico da sociedade brasileira. Clô é precursora da luta pelos direitos femininos em meio à repressão."
[Sobre o Autor] Sérgio Jockymann nasceu em Palmeira das Missões (RS), em 1930. Aos 17 anos começou sua carreira no jornalismo: trabalharia em vários órgãos da imprensa, como os jornais Diário de Notícias, Última Hora, Zero Hora, Correio do Povo e Folha da Tarde, as rádios Guaíba AM e Farroupilha, e também nas emissoras TV Piratini, TV Gaúcha e TV Guaíba. Nos anos 50 iniciou uma profícua carreira de dramaturgo e autor de telenovelas que o alçou à fama. São de sua autoria as peças Caim (1955), Boa tarde, excelência (1962), Marido, matriz e filial (1966), Lá (1968), Malcriação do Mundo (1972), Se (1978), Treze (1980) e Spiros Stragos (1982). Suas peças são marcadas pela linguagem coloquial e por situações que satirizam a ordem estabelecida e o status quo. Suas obras de teledramaturgia são: Confissões de Penélope (1969), Nenhum homem é Deus (1969), A gordinha (1970), Na idade do lobo (1972), O conde zebra (1973), O machão (1974-75), O sheik de Ipanema (1975), Vila do Arco (1975-76) e Casal 80 (1984). Participou também da criação das novelas Roda de Fogo (1978) e Dulcinéia vai à guerra (1981). É autor do livro Poemas em negro (IEL, 1958) e do romance Sortilégio (L&PM, 2000).
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Fonte: http://www.lpm-editores.com.br/v3/artigosnoticias/user_exibir.asp?ID=700626
Literatura Brasileira / Romance