O Sofá Laranja

O Sofá Laranja Fania Szydlow Benchimol


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O Sofá Laranja





Um maço de cartas é encontrado por entre as folhagens do Central Park, em Nova York. Todas as mensagens são assinadas por uma mesma mulher, Susan, e endereçadas a um mesmo homem, Sam. E todas foram escritas num mesmo mês: janeiro de 2002. “O inverno é penoso e te escrever quase me faz sentir corajosa, valente de um jeito que nunca precisei”, descreve a primeira missiva da série.

Mas quem é Susan, que assina todas aquelas cartas? E Sam, o destinatário silencioso? Quais laços os unem, e quais segredos ainda pesam sobre a memória de uma vida em comum? Ao reproduzir essa peculiar correspondência, O sofá laranja vai montando um delicado quebra-cabeças, que desvenda aos poucos a face de ambos os personagens e a rede de tensões e afetos que constrói a sua história em comum.

Susan e Sam viveram juntos por quarenta e sete anos, seis meses e quatorze dias, revela uma das cartas. Compraram, com certo esforço, um sofá laranja, testemunha aconchegante das metamorfoses da vida. Tiveram uma única filha, Glória, que agora visita a mãe ao lado de um rapaz magro e esquisito. Gostavam de comer cookies e de tomar chá juntos. Mas, nas mensagens de Susan, é a ausência de Sam que se destaca. Ao narrar para o ex-companheiro os detalhes de sua rotina solitária, ela vai construindo também um sutil suspense em torno dos passos que a levaram à solidão. Um segredo ronda as linhas escritas pela missivista – que mistério será esse?

Com um lirismo refinado e um estilo objetivo e cativante, O sofá laranja dá ares contemporâneos ao gênero epistolar, pouco adotado na literatura atual. As cartas de Susan esbanjam ternura ao descrever os detalhes de seu cotidiano, sem no entanto esbarrar no sentimentalismo. Pelo contrário: o livro de estreia de Fania Szydlow Benchimol revela uma maturidade narrativa surpreendente, capaz de construir uma trama ao mesmo tempo densa e delicada.

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Resenhas para O Sofá Laranja (2)

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senti as dores que ela nem precisou descrever
on 31/7/20


é lindo e surpreendente, tanto em relação à escrita quanto à história. li rápido sem perceber, me apeguei à Susan mais rápido ainda e senti as dores que ela nem precisou descrever. tão simples, poucas informações, poucas páginas, mas muito tocante.... leia mais

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Marcos
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15/07/2013 15:17:06

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