Como me tornei freira

Como me tornei freira César Aira


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Como me tornei freira (Coleção Otra língua)


seguido de A costureira e o vento




Herdeiro das vanguardas do século 20, César Aira é um dos escritores mais inventivos de toda a literatura atual. Parte desse prestígio se deve a Como me tornei freira e A costureira e o vento, as duas narrativas que compõem este volume e mostram o talento singular do autor argentino. Na primeira, uma menina chamada César Aira desata suas memórias de infância. Ao longo de dez capítulos evoca os acontecimentos de quando tinha seis anos: sua primeira visita a uma sorveteria, o asco que o sorvete lhe provoca, o embate entre seu pai e o sorveteiro e as consequências catastróficas desta tarde, que mudaram a rota de sua família para sempre. Como me tornei freira é um clássico contemporâneo que encanta pela melancolia da incerteza, e mostra que toda história é sua própria extinção.

Na segunda narrativa, Aira avisa logo no início que irá se permitir todas as liberdades, até as mais improváveis, e que o enredo será comandado pelos ventos da imaginação. Padres extraviados, mães que perseguem a sombra, um vento enamorado que fala e materializa desejos da costureira e um monstro que nasce de coito indevido convivem em harmonia com a infância do autor, sua cidade natal e os hábitos provincianos. Aira compreende a narração como um jogo de improviso, e tudo que se pode esperar é o inesperado; afinal, apoderar-se do esquecimento e driblar a memória é um gesto que se baseia na dúvida sobre a existência do real. Para além disso, as duas novelas aqui reunidas pertencem ao ponto de inflexão na generosa obra do mestre argentino, normalmente referidas como os livros nos quais César Aira se tornou César Aira, alguém que ainda ousa imaginar sem limites.

Ficção / Literatura Estrangeira

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Como me tornei freira

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Resenhas para Como me tornei freira (6)

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BOM (uma história para vomitar, outra para alucinar, mas tudo termina em Paris...)
on 8/10/20


Minha terceira leitura de César Aira: antes um ótimo conto, Muchacha Punk, numa coletânea de autores sul-americanos, depois o interessante Continuação de Ideias Diversas, livro em que a maioria dos textos, bastante curtos, tratava de literatura. Agora registro que não apreciei tanto assim Como Me Tornei Freira, que traz duas novelas, ambas tendo como referência Coronel Pringles, cidade argentina em que Aira nasceu em 1949. Nas duas ele é tanto narrador quanto personagem. Na primeir... leia mais

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Editora5
cadastrou em:
01/08/2013 15:04:34
Jenifer
editou em:
21/04/2022 23:50:01

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