Antes de agir, os homens pensam e sentem, e a maneira como agem deriva daquilo que pensam e sentem. Mudar a maneira de pensar e de sentir dos homens já é uma forma de agir, de práxis. Uma vez que há verdadeira clareza, pelo menos para uma minoria, acerca dos objetivos de agir, a realização pode vir muito rápido. Basta pensar em maio de 1968, que chegou aparentemente como uma surpresa, mas que fora preparado silenciosamente por minorias clarividentes. Em contrapartida, já se viu com frequência - e mais do que nunca na Revolução Russa - aonde podem levar as maiores ocasiões de agir quando falta uma verdadeira clareza teórica preliminar. Uma clareza que não se desenrola necessariamente nos livros e nos colóquios, mas que deve estar presente nas cabeças.