Séculos antes de o computador vencer partidas de xadrez, outra máquina já mostrava que o xeque-mate é uma jogada de mestre. No século XVIII, o barão Wolfgang von Kempelen encantou toda a Europa com o que parecia a primeira máquina inteligente; um autômato vestido de turco, invencível diante de um tabuleiro. O mistério persistiu até descobrirem que o responsável pelos movimentos era um anão, escondido dentro da formidável estrutura de madeira que se tornou uma das maiores fraudes da história. Invento que existiu de fato, a máquina de xadrez encantou a corte da Imperatriz Maria Teresa, da Áustria e da Hungria, e mereceu até um texto do mestre do suspense e terror Edgar Allan Poe. Material perfeito para um romance histórico repleto de intriga e mistério. Revelação da literatura contemporânea alemã, o jornalista Robert Löhr estréia no mundo das letras resgatando a história de um invento que pôs em xeque a nobreza européia. Nesta obra, acompanhamos a trajetória do barão Kempelen em busca de um truque que encantasse a imperatriz, enquanto se dedicava a seu verdadeiro intento; a construção de uma máquina capaz de falar. O encontro com o anão Tibor Scardanelli, hábil na movimentação de reis, rainhas, bispos e torres, logo lhe forneceu meios para que seu robô jogador de xadrez desviasse toda a atenção de suas pesquisas.