Nós

Nós Ievguêni Zamiátin


Compartilhe


Nós





Muito mais do que uma obra política, Nós insurge como um corajoso ataque ao totalitarismo que com suas mãos de ferro viola os direitos individuais, cor rompe as relações humanas, usurpa a liberdade do livre-pensar e agir, destrói a criatividade e violenta a arte em nome de idéias equivocadas sobre um suposto bem comum.

É ainda um grito em defesa da liberdade do homem; um alerta, para um perigo eminente: Cuidado! Querem fazer-nos acreditar na segurança da não-liberdade.

Original, dono de aguçada percepção e imaginação, Zamiatin, numa narrativa sur-realista, permeada pela ironia - combinando realidade e irrealidade, acontecimentos trágicos e risíveis, fazendo uso de uma linguagem contida, propositalmente disciplinada; preocupado com a liberdade de escolha, com o querer e o criar - profetiza a desumanização, os pensamentos e as ações programadas, a banalização das necessidades do homem, a repressão das emoções, o extermínio dos que estão em desacordo com a ordem imposta, a produção de autômatos, as lavagens cerebrais, a destruição daqueles que lutam para manter vivas imaginação e originalidade.
A história em Nós, fala das causas e de como se articula e acontece uma revolução num tempo futuro, num espaço cercado por muros, onde os membros da sociedade, constantemente vigiados pelos Guardiões, habitam casas de paredes de vidro, não recebem nomes, mas números; são obrigados a reverenciar ritualmente o Benfeitor e sua Máquina, têm pensamentos e atitudes condicionados, executam trabalhos mecânicos, e suas vidas particulares e sociais são programadas e controladas por um governo autoritário, o Estado Unificado. O controle e as programações vão mesmo até seus encontros íntimos transformados em impessoais, com horários e locais estipulados, entre indivíduos (números) previamente registrados.

Temas, situações e conceitos encontrados em Nós (escrito em 1920-21) - aqui, numa tradução precisa de Clarice Lima Averina, a partir da primeira edição russa, de 1988 - inspiraram alguns escritores como Aldoux Huxley em Admirável mundo novo1932) e George Orwell em 1984 (de 1949).

Ficção científica

Edições (3)

ver mais
Nós
Nós
Nós

Similares

(53) ver mais
A Ilha (Island)
Fahrenheit 451
1984
Lições de literatura russa

Resenhas para Nós (8)

ver mais
Qual a minha doença doutor? Você adquiriu individualidade
on 18/4/21


"Uma antevisão brilhante dum sistema que quis dar aos homens a Felicidade (a Organizacao) em troca da Liberdade (que é sempre Erro, Crime, Barbárie, Desorganização). É o retrato robô dum Libertador que não resistiu à tentação de encerrar os povos que libertou dentro dos Muros Inabaláveis da Verdade para poupá-los á Dor e ao Contágio dos Vírus do Erro, da Diversidade. Do Eu. Com resultados paradoxais, como se sabe: a reclusão faz desenvolver o vírus da liberdade, da mesma forma que a li... leia mais

Estatísticas

Desejam134
Trocam1
Avaliações 4.0 / 111
5
ranking 33
33%
4
ranking 41
41%
3
ranking 26
26%
2
ranking 0
0%
1
ranking 0
0%

39%

61%

Lucas
cadastrou em:
13/12/2013 09:14:41

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR