Escrito entre 1932 e 1937, no período de terror stalinista, o diário de Nina Lugovskaia tem muito em comum com o de Anne Frank. Assim como na Alemanha nazista, no regime comunista Nina só podia buscar refúgio dentro de si mesma. Seu diário não é político, mas torna-se combativo ao considerarmos o perigo de se confessar sentimentos, mesmo aos amigos mais íntimos, numa época em que as pessoas podiam ser entregues à polícia secreta em função de qualquer desvio de comportamento.
Entre a descoberta de sua personalidade e a experiência da adolescência, vemos os sonhos de uma menina que almejava se tornar escritora serem destruídos. Acusada de anti-soviética e de ter "intenções terroristas em relação a Stálin", Nina Lugovskaia foi forçada a assinar uma confissão na qual afirmava ter-se postado diante do Kremlin com uma arma para matar Stálin.
Biografia, Autobiografia, Memórias / História / Política