Depois de 16 séculos, a cultura ocidental superou Agostinho? Podemos, finalmente, dizer que suas posições controversas a respeito de Deus, das mulheres, da sexualidade e da autoridade estão simplesmente erradas e “fora de moda”? Os escritos de Agostinho, desde seus dias até os nossos, continuamente encontraram tanto leitores bem-dispostos quanto críticos livres. Filósofos contemporâneos, teólogos, escritores espirituais, teóricos culturais e cientistas sociais censuram-no por certos posicionamentos em questões que vão desde a sexualidade e o corpo humanos, o gênero, a liberdade pessoal, a liberdade religiosa e a ética da força até seus conceitos sobre o eu e sobre Deus. Hoje, geralmente, a perspectiva de Agostinho é caracterizada como “pessimista”, e ele é acusado de ser responsável por certo mal-estar cristão.
Agostinho e seus críticos examina os argumentos de certos críticos severos atuais de Agostinho, na tentativa tanto de responder às críticas mais incorretas e injustas quanto de argumentar a favor de algumas das perspectivas mais negligenciadas histórica, filosófica e teologicamente que subjazem às convicções mais impopulares de Agostinho, apresentando uma estimulante e perspicaz análise de seu pensamento e das respostas críticas que recebeu.
Robert Dodaro é Professor de Teologia Patrística no Instituto Patrístico “Augustinianum” de Roma.
George Lawless é Professor Emérito de Teologia Histórica no Instituto Patrístico “Augustinianum” e na Universidade Gregoriana, Roma.