Diário fictício e hilariante recria agenda da presidente Dilma Rousseff. 'Seis de março - tô com um bode do Lula que nem te conto! Só tomo bola nas costas! Ele se faz de bonzinho, diz que me apoia, mas fica de ti-ti-ti com o João Santana, de zum-zum-zum com o Rui Falcão. Lá no fundo, ele quer voltar. Mandei um recado na lata - quem cochicha o rabo espicha.' Essa é a Dilma Rousseff que aparece nas páginas desse diário fictício - desconfiada, informal, bem-humorada. O 'Diário da Dilma' começou como uma seção da revista piauí. Todos os meses, a publicação trazia uma página de sátira sobre a rotina da chefe do Executivo. A Dilma, criada pelo autor, é atenta aos mínimos detalhes do penteado, adora jogar tranca, paparica o neto, faz fofoca com amigas da Casa Civil e da Petrobras e vive a suspirar por seu príncipe encantado, o ministro das Minas e Energia, Edison Lobão. A seção é inspirada numa coluna sobre a ex-primeira dama francesa Carla Bruni, criada pelo jornal humorístico francês Le Canard Enchaîné. Para compor o diário, o autor mergulha no noticiário nacional, descobre cores de esmalte e tendências fashion em revistas femininas, capricha no vocabulário cafona e fica de olho na agenda cumprida pela presidente na vida real. Muitas informações de bastidores servem de material - há histórias que parecem brincadeira, mas são dados exclusivos recebidos pelo jornalista. De todo modo, a mistura entre fato e ficção não deixa dúvida sobre o traço que predomina em todos os textos - o humor corrosivo e escrachado.