Os Bastidores do Crime

Os Bastidores do Crime Daniel Barros...


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Os Bastidores do Crime


Contos policiais




UMA ANTOLOGIA PARA SUSPIRARMOS
Autores: Arisson Tavares Silva, Altair Bezerra, Amauri Chicarelli, Angell Yagher, Doris Melo, Eliane Verica, Fábio Cal, Fê Friederck Jhones, Gilson Vilaça, Giuliano Loubach, Gustavo Bracco, Gustavo Moreira, Jack Midas, José Messias Silva, Lindoberto Ribeiro Jorge, Luís de Lima, Manoel Neto, Manuela Del Lama, Titico, Marcelino Taveira da Silva, Marcelo Marra, Márcia Saito, Márcio Milton de Souza, Maria Santino, Maurício R B Campos, Neia Santos, Paulo Stefani Tobias, Rô Mierling, Thiago Lucarini, Thonny B. Draper, Valedemar P. de Souza


Foi com imensa satisfação que aceitei o desafio de selecionar os contos para esta antologia. Sendo o gênero policial caracterizado pela presença do crime, da investigação e do malfeito, tem como foco a elucidação do mistério.
Há diversas teorias sobre a origem da literatura policial. Mas, sem dúvida, as influências dos romances de aventura foram a base para o surgimento desse gênero. Já em 1747, Voltaire publica “Zadig” ou “O destino”, em que, através da dedução, o personagem, sem nunca ter visto a cadela da rainha e o cavalo do rei, ambos desaparecidos, os descreve com exatidão e por isso é acusado de tê-los roubado. Quando na realidade apenas se baseou nos vestígios deixados pelos animais na estrada e deduziu suas características. Zadig foi preso. Mas, quando os animais reapareceram, os juízes pediram explicações a Zadig.
Zadig esclareceu que, no caso da cachorrinha, havia notado no chão pegadas do animal e logo concluíra ser de um cão. E percebeu também marcas leves e longas na areia entre os vestígios das patas, revelando que eram de uma cadela com tetas caídas, que, assim sendo, estava recém-parida. E outros traços no chão em sentido diferente, ao lado das marcas da pata dianteira, mostravam o tamanho das orelhas em sua observação, da mesma forma que havia uma profundidade diferente entre as impressões de uma pata e outra – levando-o a concluir que a cadelinha mancava... Explicou também que, com o cavalo do rei, usara o mesmo método.
Muito provavelmente o famoso detetive C. Auguste Dupin, imortalizado na literatura de Edgar Alan Poe (que muitos atribuem como sendo o fundador do gênero, pois em 1841 publica no periódico Granam’s magazine suas colunas Dois Crimes da Rua Morgue, na Filadélfia), foi inspirado em “Zadig”. Há também a tradução de The judge dee stories, por Robert Van Gulik; tais estórias datam do início do século XVIII.
Nesta antologia, temos desde o clássico do gênero, onde surgem vários suspeitos e o mistério consiste em desvendar o crime, até o estilo mais verossímil como no romance noir, onde os personagens são mais humanizados, bebem, fumam, etc., o que nos remete à realidade das ruas atuais. Temas como o tráfico de drogas surgem demonstrando que os escritores estão atentos aos atuais problemas do mundo. Em meio a tanta escuridão, nos divertimos com o humor apurado de alguns contistas que mesclam a investigação com estórias do dito popular nos levando até ao riso, como bem fazia o mestre Suassuna.
Enfim, um livro que cumpre o seu papel, ou seja, divertir e causar no leitor emoções diversas, que vão do riso às lágrimas.
OS BASTIDORES DO CRIME, pela diversidade de estilos, mas com a mesma qualidade técnica, terá um lugar de destaque em nossa biblioteca e o devido reconhecimento de seus leitores. DANIEL BARROS*


Literatura Brasileira / Contos / Crime

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Daniel Barros
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Daniel Barros
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