A cobertura jornalística da invasão do Iraque pelos Estados Unidos e Grã-Bretanha, em março de 2003, equivocadamente qualificada como "guerra" pela mídia, ofereceu, com raras exceções, um dramático exemplo de preconceito, parcialidade e mistificação com que os grandes veículos de comunicação tratam os eventos da conjuntura mundial e nacional. Além de outros conflitos relatados ao longo do livro, como o atentado de 11 de setembro de 2001 e a luta pela reforma agrária no Brasil, revelam um padrão: a "grande mídia" tende a adotar um ponto de vista servil aos interesses da Casa Branca e do capital financeiro internacional. Dado o poder que os veículos de comunicação adquiriram no mundo contemporâneo , seu comportamento coloca uma grave indagação quanto ao futuro da democracia.