Baudelaire e a modernidade

Baudelaire e a modernidade Walter Benjamin


Compartilhe


Baudelaire e a modernidade





"A modernidade é em Baudelaire uma conquista", eis aqui a definição de Benjamin. Já no primeiro poema de As flores do mal, Baudelaire convoca o leitor à ruptura da apatia. Benjamin aponta o método da aventura, a captura do presente, a intenção do poeta de revidar os atordoantes choques na grande cidade. Para não se tornar receptor inanimado ou ator automatizado, Baudelaire troca o gabinete pelas ruas, a duras penas, físicas e espirituais, e transita entre duas instâncias, flânerie e esgrima. Ao levar a vivência aos âmbitos do coletivo e do voluntário, imiscui-se no hiato da distribuição entre consciente e inconsciente. Conjura os perigos da absorção pela profundeza obscura ou da reflexão pela superfície ofuscante. Antes de o estímulo se queimar como resposta imediata, a vivência, ou se perder como memória de difícil acesso, insere poemas, contragolpes, no espaço intervalar. O modus fica em verso: "tropeçando em palavras como na calçada". É total exposição ao presente, com mente e corpo alertas, e plena compreensão de não se tratar de processo natural: "É essa a natureza da vivência a que Baudelaire atribuiu a importância de uma experiência. Fixou o preço pelo qual se pode adquirir a sensação da modernidade: a destruição da aura na vivência do choque".

Artes / Ensaios / Filosofia / Sociologia

Edições (1)

ver mais
Baudelaire e a modernidade

Similares

(20) ver mais
Reflexões sobre a criança, o brinquedo e a educação
Às Avessas
Escritos sobre mito e linguagem
A Literatura e o Mal

Estatísticas

Desejam25
Trocam
Informações não disponíveis
Avaliações 4.2 / 12
5
ranking 58
58%
4
ranking 17
17%
3
ranking 17
17%
2
ranking 0
0%
1
ranking 8
8%

46%

54%

Bruna Fernández
cadastrou em:
24/06/2015 16:56:25
Fernando
editou em:
02/07/2022 11:51:46

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR