D. Pedro II governou o Brasil por quase meio século, de 1840 até a proclamação da República, em 1889. Durante todo esse tempo fez de tudo para se adequar ao padrão de equilíbrio e austeridade do governante perfeito, sempre racional e dedicado aos interesses do país. Mas, em privado, Pedro d´Alcântara passou a detestar cada vez mais as solenidades públicas e viver o exercício do poder como um fardo. É essa figura contraditória, ao mesmo tempo majestática e rebelde, que José Murilo de Carvalho descreve nesta biografia que vai muito além do retrato convencional do imperador imponente, com suas longas barbas brancas e seus penetrantes olhos azuis. Ser ou não ser era o dilema de um homem que oscilava entre a coroa imperial de D. Pedro II e a cartola comum de Pedro d´Alcântara. Dando igual atenção a ambas as facetas do monarca, o historiador o revela como uma personalidade complexa e torturada entre o dever e o desejo, o Estado e as paixões pessoais.
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