Expresso nestes poemas, todo o ardor que incendeia minha garganta sem voz. Tudo que, de alguma maneira, simplesmente precisa ser dito. Porque “ruge dentro de mim, como se não houvesse papas na minha língua, nem consequências nas minhas palavras”, “como se algo simplesmente gritasse que tudo isso apenas ‘precisa ser dito’”.
Esses gritos, traduzidos em palavras, fazem deste livro um pedido de socorro. Não meu, não seu, mas um urro em nome de toda a humanidade. Gritos que manifestam uma tentativa de cumprir o meu papel de retratar a realidade num momento em que nossa voz costuma ser ofuscada pelo som dos tiros, ou pelos soluços dos lamentos emitidos por nossos iguais.
O Autor
Poemas, poesias