O último Gargalo de Gaia

O último Gargalo de Gaia Rodrigo Ortiz Vinholo
Mário Bentes
Alexandre de Castro Gomes


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O último Gargalo de Gaia


Distopias, steampunk e dias finais




Se há tantos planetas com condições similares às da Terra em todo o Universo, possibilitando, portanto, o surgimento da vida – inclusive da vida inteligente –, onde estão os outros? Tal questão foi seriamente levantada por volta de 1950 pelo físico Enrico Fermi, enquanto discutia com outros cientistas sobre o aparente paradoxo, que veio a ser conhecido como Paradoxo de Fermi. Mais tarde, nos anos 60, o astrônomo Frank Drake propôs uma complexa equação matemática – chamada, posteriormente, de Equação de Drake – que objetivava encontrar um modo de avaliar as possibilidades relacionadas com a existência ou não da vida alienígena.

Anos mais tarde, sem que a comunidade científica internacional chegasse a uma conclusão, alguns pesquisadores especularam possíveis soluções ao paradoxo. Um deles, Robin Hanson, propôs que, na verdade, havia algum tipo de obstáculo que impedia, em algum momento, que a vida se desenvolvesse além de um certo estágio – proposição atualmente rotulada de Hipótese do Grande Filtro. Mas qual seria este estágio – ou estágios? Eles realmente existem? Se existem, são naturais? Se são naturais, a Terra precisou superá-los para estarmos aqui?

É aí que surge uma outra via: a Hipótese do Gargalo de Gaia. Os pesquisadores desta linha de pensamento acreditam que, na verdade, a própria vida, em seu início, seja tão frágil que as próprias condições instáveis de seus planetas sejam as responsáveis por sua extinção. Há indícios de que Marte e Vênus, por exemplo, tenham sido palcos ideais para a formação da vida, mas hoje não passam de cenários desolados, estéreis e mortos. Mas ninguém garante, afinal, que o último gargalo precise vir, necessariamente, nos primeiros estágios da vida. Ele pode aparecer sem aviso, quando a vida está em plenamente desenvolvida, com seres inteligentes e certos de sua imortalidade enquanto espécie.

Mas, ao contrário do que pode parecer, a existência de vida alienígena não é o tema principal de O último Gargalo de Gaia: distopias, steampunk e dias finais. Esta obra, na realidade, trata das mil e uma possibilidades de extinção em massa da vida na Terra – seja por motivações naturais, aparentemente naturais ou deliberadamente artificiais. Com diferentes visões, que incluem a apresentação de passados alternativos e suas tecnologias impossíveis, distopias apocalípticas e até mesmo dramas que abordam questões filosóficas, os autores desta antologia de ficção científica trazem para o leitor os diferentes nomes e características dos gargalos que, finalmente, calarão nosso sopro existencial.

Até que, outra vez, em outra parte distante do Cosmos, a vida volte a florescer.

Ficção / Ficção científica

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on 30/3/21


O livro é uma reunião de contos que tem como propósito contar como seria a Terra em seus dias finais. Formado por 10 contos de autores diferentes, a obra traz distopias interessantes como em "Distúrbios do colapso das Colônias", "Reminiscências do general Vicror Lugones" e "A Terra era azul" e outras bem loucas como em "O brilho da Malva Cristal Negra" e Espelho, espelho meu. Existe um infinito mais infinito que o meu?". Como uma das possibilidades do livro era escrever algo no estil... leia mais

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