Esta obra é fruto de uma imersão por 24 anos em terreiros de matriz afro-cearense da Região Metropolitana de Fortaleza. Parte de um mergulho etnográfico e etno-historiográfico pelo cotidiano dos cultos religiosos e da maneira peculiar em que estes foram configurados pela diáspora negra brasileira em solo cearense. Mas não só no solo cearense.
A obra dialoga com o imaginário negro de outros lugares do rincão brasileiro; assim como dialoga com a diáspora negra haitiana, cubana e do sul dos Estados Unidos.
O livro pode deter-se na homoafetividade presente num romance do indígena-libanês Alberto Mussa; pode deter-se nos vissungos mineiros e sua relação com Clementina de Jesus; nas canções praieiras de Dorival Caymmi e analisar uma história em quadrinhos feita pelo judeu norte-americano Weil Eisner sobre uma antiga epopéia malinkê ou ainda falar do samba urbano do nonagenário falecido Roberto Silva. A obra pode fazer uma análise sobre os tarôs de orixá no mercado editorial brasileiro.
Inspirado na teoria da africologia cunhada pelo afro-americano Molefi Kete Asante - uma versão negôna dos estudos pós-coloniais e dos estudos subalternos; a obra ousa dialoga com a teoria do valor e do fetichismo da mercadoria de Karl Marx e no lado menos acadêmico e mais descabelado dos teóricos do anarquismo insurreicional.
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