A voz do povo: essa expressão figurada se torna concreta nas páginas de Quarto de despejo. Nesse livro, o cotidiano cruel dos favelados se apresenta por ele mesmo, nas suas próprias palavras. Com a linguagem simples de que dispõe, a autora conta o que viu e viveu, sem artifícios ou fantasias. Mas, ao mesmo tempo, com um estilo único que comove pela força de seu realismo e sensibilidade. Carolina de Jesus foi catadora de papel e viveu na favela do Canindé. É a condição humana dos miseráveis que traduziu em sua obra, um exemplo autêntico de literatura-verdade.
Literatura Brasileira / Biografia, Autobiografia, Memórias / Não-ficção