Com efeito, nos seus primeiríssimos dias de vida, quando ainda se encontra na região intermediária entre o nascimento e seu advento simbólico, o recém-nascido já precisa de palavras. Nesse estado fugaz, é como se estivesse à espera das palavras que vão ajudá-lo a ocupar um lugar na sociedade dos humanos. Quando essas palavras faltam, podem aparecer os sintomas. Eles estão ligados aos acasos da história familiar e, às vezes, às percepções que o feto tenha tido através do corpo da mãe.