Trilogia Canalha

"Mesmo resvalando no total absurdo, os personagens de Leonardo Cortez são sóbrios e conscientes dos atos cometidos. Frequentemente a tênue linha que separa o drama do melodrama desaparece sem qualquer pudor e sem deixar vestígios. Mas prevalece na escritura a atmosfera objetiva: o autor não se perde em apelos sentimentalóides ou em sujetivismos. A narrariva é direta,seca, sem fantasias. Esse aspecto descamado do drama(que por paradoxo valoriza o conteúdo melodramático), aliado a uma perfeita estrutura, traz de volta à lembrança a velha expressão "carpintaria teatral". E reconhecendo-lhe a eficiente "carpintaria teatral", impossível não lhe reconhecer o bom humor, mesmo quando descreve peripécias de personagens nefastos, que, aliás, constituem a totalidade dos tipos envolvidos nas narrativas. Essa bem imaginada maneira de narrar gostosamente fatos abjetos, como se fossem as coisas mais naturais do mundo, é que dá o tom e confere personalidade à obra." Sebastião Milaré





Três peças teatrais compõem o livro que foram escritas e interpretadas por Leonardo Cortez e a Cia dos Gansos.





O CRÁPULA REDIMIDO:

"Em muitos momentos, o que poderia ser um melodrama cinematográfico óbvio, graças à síntese e à força agressiva do texto, transforma-se em um espelho amargo do homem contemporâneo que vendeu a alma ao modelo capitalista, sem perder o humor." Marcos Bulhões, diretor teatral



O REI DOS URUBUS:

"Trata-se de crítica aos meios de comunicação e seus telespectadores, ou seja, de nós todos. Tudo feito com extrema sensibilidade, inteligência e humor." Mª Lúcia Candeias, crítica teatral



ESCOMBROS:

"Escombros é uma despretenciosa, de início, e inteligente ao seu desenrolar, sátira ao mercado do trabalho e às suas regras implacáveis de exclusão, a gerar a implosão dos valores humanos familiares e sociais." Afonso Gentil, crítico teatral