"Entre 650 e 450 a.C. as comunidades urbanas da Grécia antiga se entregavam avidamente à escrita. Tudo se grava em pedra, em mármore, às vezes em letras graúdas e coloridas - o que se passa na vida diária, as normas de conduta, as leis, os alicerces do Estado de direito. Porém o mais alto desse processo, na perspectiva encantadora deste livro, se passa em Ôlbia, onde os órficos fazem de seus mistérios e mitos dos destinos humanos uma escrita que mostra o avesso do discurso político e envolve o mundo das paixões, o conflito íntimo, o sangue."